Wilson Dantas

     WILSON DANTAS Nasceu em Ceará-Mirim/RN a 12 de maio de 1920, filho de Miguel Dantas Cavalcanti e de Maria da Cruz Correia Cavalcanti.
     Bacharel pela Faculdade de Direito do Recife na turma de 1947, antes de ingressar na magistratura, ocupou os seguintes cargos: 1- Adjunto de Promotor da Comarca de Ceará-Mirim (1943), Lages (1944). 2- Delegado da Ordem Política e Social - DOPS (1947). 3- Procurador de 3ª Categoria do Instituto de Aposentadoria e Pensões de Transporte de Cargas (1948-61).
     Em 26/01/1961, ingressou na magistratura pelo dispositivo do quinto Constitucional, no cargo do Desembargador. No final de 1961, assumiu a vice-presidência do Tribunal de Justiça e a Presidência em 11/12/1962 e 15/12/1976.  Em 11/12/1963, assumiu o cargo de Corregedor Geral do Foro e, no mesmo mês, foi eleito membro do Conselho de Justiça. E, em 11/12/1964, foi eleito Presidente da 2ª Câmara do Tribunal de Justiça.  Em 22/04/1965, foi designado pelo Tribunal para elaborar no Regimento Interno, resolução sobre Habeas-Corpus. Serviu ao Tribunal Regional Eleitoral - TRE na classe de Desembargador por dois biênios ( 1968-70 e 1970-72), onde foi Corregedor Eleitoral Vice-Presidente e Presidente.
     Des. Wilson Dantas colaborou para o aperfeiçoamento das atividades judiciárias, quando foi designado Presidente da Comissão que elaborou o anteprojeto do Código de Organização Judiciária. Também colaborou na imprensa potiguar na área de literatura. Sua bibliografia é composta dos seguintes livros: Espelho de Emoções (poesias), Chão de Estrelas (poesias), Cristais (trovas), Pétalas (trovas), Estrelas (trovas), Trovadores do Rio Grande do Norte.
     Aposentou-se em 21/04/1990.  Faleceu em Natal a 09 de Janeiro de 1998, vítima de diabetes, aos 77 anos.

Céu com três letras se escreve
mãe também se escreve assim,
e neste nome tão breve
existe um céu para mim.

Meu pai, na sua velhice,
tão bom era aos olhos meus,
que se Deus não existisse
meu pai seria o meu Deus.

Mãe, teu carinho divino
num milagre resplandece:
o filho é sempre menino,
o filho nunca envelhece.

A bondade é retratada,
definida num olhar...
olhar de mãe, ajoelhada,
de mãos postas a rezar.

Nos braços do mar desmaia,
nas silentes noites magas,
o corpo branco da praia,
sob o acalanto das vagas.

Miséria, miséria imensa,
que mais punge e faz sofrer,
é do cego de nascença,
que nem a mãe pode ver.

Teus lábios - que perfeição -
premendo beijos de amor,
têm paladar de ilusão,
se é que ilusão tem sabor...