José Raul Vinci

     JOSÉ RAUL VINCI, oficial reformado do Exército, nasceu em Pindamonhangaba a 12 de dezembro de 1932, filho de Ricieri Vinci e Isaltina Corrêa Vinci. Membro efetivo da Academia Pindamonhangabense de Letras e UBT. Faleceu em Pindamonhangaba no dia 10 de agosto de 2015.

No teatro o grande ator                   (5º lugar em Natal - 2004)
faz a platéia fremir,

encenando um grande amor
que está longe de sentir.

O talento d'um ator
no teatro à prova é posto,                 (13º lugar em Natal - 2004)
pois na platéia, a rigor,
cada qual tem o seu gosto.

O grito que sai do peito
dos que vivem oprimidos,     
(Menção Especial em Pinda, 2003)
nunca chega a ser aceito
pelos mais favorecidos.

No domingo as moças belas
com muita elegância e graça,     (Vencedora em Jambeiro, 2001)
transformam em passarelas
os quatro cantos da praça.

Canta o nhambu-chororó        (Menção Honrosa  em Taubaté, 2000)
despertando meu sertão,
onde a água virou pó
nas rachaduras do chão.

Moro num Vale encantado
onde desponta altaneira,        (Menção Honrosa  em Taubaté, 2000)
qual um muro bem talhado,
a Serra da Mantiqueira!

Devido à minha fraqueza,         (Menção Honrosa Cachoeiras de Macacu, 1999)
vi meu sonho se esfumar
na espuma da correnteza
que eu não soube represar.

Oh! mundo cruel e cético,
que abandona filhos seus,       (1º lugar em Magé  - 1998)
esquecido que o aidético
é, também, filho de Deus!

Quando a dúvida cruel
vem suscitar o ciúme,
a vida se torna fel,
perde a beleza e o perfume...

Canta o nhambu-chororó
despertando o meu sertão,
onde a água virou pó
nas rachaduras do chão.

A fortuna que detenho
(eu não falo de dinheiro)
são os netinhos que tenho
me abraçando o dia inteiro.