Teria começado assim!

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E FOI ASSIM QUE TUDO COMEÇOU!

          Em 1958, Luiz Otávio e J.G. de Araújo Jorge visitaram a Bahia, premiados pelo Grêmio Brasileiro de Trovadores, GBT, recém-fundado por Rodolpho Coelho Cavalcante, um dos mestres da Literatura de Cordel. De volta ao Rio de Janeiro, no então Estado da Guanabara, instalaram a seção guanabarina do Grêmio, sendo Luiz Otávio eleito presidente da mesma.

          A nova seção encontrou solo fértil e, sempre bem cuidada, cresceu e ramificou-se. Seções do GBT, por iniciativa de Luiz Otávio, foram fundadas em várias cidades do território nacional. Surgiram então, os frutos do ciúme,as incompreensões, as intrigas e conseqüentemente, os desentendimentos. Era fácil de entender. Os membros da entidade desenvolviam-se com rapidez muito superior à própria cabeça.

          Longe de ser louvado, o trabalho de Luiz Otávio despertou ciúmes e, numa inversão de valores, chegou a ser divulgado que a obra iniciada na Bahia estava sendo por ele usurpada. Evidentemente esses desencontros e injustiças magoaram, e muito, a Luiz Otávio e desestimularam a sua ação. A situação agravava-se. Muitos já exigiam que a seção se separasse do núcleo central. Luiz Otávio opôs-se a essa idéia o quanto possível. Por fim, sem mais possibilidade de sustentação e apesar de todos os esforços em contrário, a cisão foi inevitável. Luiz Otávio desligou-se do GBT e com ele a grande maioria dos trovadores do Brasil

          Isso ocorreu em 1966, sendo fundada, em continuidade, a "UNIÃO BRASILEIRA DE TROVADORES" – UBT, sediada no Rio de Janeiro e tendo ainda como presidente, Luiz Otávio. A entidade logo ramificou-se pelas capitais e cidades principais do país." (texto extraído do livro "Príncipe da Trova", de Carolina Ramos)

 

O SURGIMENTO DO "PRÍNCIPE"

 

          Dezoito de julho de 1916. Oito horas e trinta minutos da manhã, na rua Uruguai, 116, Andaraí, região de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, vinha ao mundo Gilson de Castro, filho do tenente-dentista Octavio de Castro e de Dona Antonietta Motta de Castro, falecida quando o menino tinha apenas dois anos de idade.

Ó santa e doce morena,
ó mãe que eu não conheci,
esta tristeza... esta pena...
eu julgo que vem daí...

          Descrever sua gloriosa trajetória exigiria muitas linhas a mais, além daquelas de que disponho. Só direi que aquele menino, que mais tarde assumiria a alcunha literária de "Luiz Otávio", mudou o jeito do brasileiro ver poesia. Tão importante quanto o movimento modernista de 1922, Luiz Otávio resgatou, com seus conceitos igualmente modernos, valores e padrões que a poesia havia deixado de considerar, em prol de uma "liberdade poética" que até hoje desperta polêmicas e questionamentos quanto aos seus reais princípios. Criou no Brasil a "trova literária", o mais genuíno gênero poético; presa, é verdade,a regras e mandamentos mas, ao mesmo tempo, tão linda e cristalina, que fala direto à nossa alma, sem necessidade de intérpretes.

TROVAS DE LUIZ OTÁVIO

VIDE o endereço abaixo:

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