Moacyr José Sacramento - Conservatória/ RJ

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MOACYR JOSÉ SACRAMENTOImagem removida. nasceu em Valença/RJ no dia 08.01.1945, filho de Moacyr Alves Sacramento e Florisbela de Oliveira Sacramento. Formado em Odontologia, passou boa parte de sua vida em Niterói, até fixar residência no bucólico e aprazível distrito de Conservatória, onde instalou a loja Atélier Casa do Poeta. Tornou-se figura tradicional entre os turistas, interagindo com suas declamações e histórias (era um excelente declamador) e vendendo suas obras. Faleceu de infarto aos 75 anos, no dia 29 de fevereiro de 2020. Era casado com Marinete Chinelato Sacramento. Deixou três filhas e quatro netos.

Pra ser livre, a vida ensina,   (Vencedora Cambuci 2016)
há que se virar do avesso,
há que se ter disciplina,
que a liberdade tem preço.
 
Qualquer poeta? Talvez.    (Menção Especial Santos 2016)
Mas no universo afetivo,
por cada verso que fez,
Luiz Otávio está vivo.
 
Desculpe-me, nostalgia,         (premiada em São Gonçalo 2016)
no meu peito não há vaga:
Já mora nele a alegria
e mora o amor que me afaga.
 

 

O homem tem necessidade      (M. Especial Niterói 1994)
de mitos, e os cria a esmo,
pondo neles a verdade
que não encontra em si mesmo.
 
O amor, num barraco pobre,
de ser profundo tem chance;     (M. Especial Niterói 1992)
pois não é cenário nobre
que torna grande o romance.
 
Olhando o céu tão bonito,
sem entender tanto espaço,    (M. Honrosa Juiz de Fora 1991)
tive noção de infinito
no aperto do teu abraço.
 
Bebe nela o beletrista,      (M. Especial Amparo/SP 1991)
bebem pintor e artesão.
Mata a sede todo artista
na fonte da inspiração.
 
A videira busca o sumo     (M. Honrosa Garibaldi 1990)
em solo fértil, profundo,
e faz do vinho um resumo
das alquimias do mundo.

Pra ver o mundo de cima,
da memória não me sai,
torre alguma se aproxima      (Vencedora Elos Clube SP 1991)
do cangote de meu pai.

Tive, no olhar do operário       (M. Especial Niterói 1991)
com contracheque na mão,
clara visão de um cenário:
miséria no barracão.

Num milharal já colhido,
vi, tombado, um espantalho.     (Menção Honrosa em Niterói - 1990)
Ele tinha o olhar perdido
que os homens têm, sem trabalho...

Nas dimensões do afetivo,   (homenagem póstuma a Gilberto Nery)
Eu afirmo sem talvez:
Gilberto Nery está vivo,
Em cada verso que fez.

 

_-----_---------+-----+-+ HOMENAGEM DO SITE: O Moa não foi embora, não se afastou do fã-clube; quem quiser ouvi-lo agora, basta clicar no YouTube! NOTA - alguns dados biográficos nos foram gentilmente fornecidos pela trovadora Maria Ester Figueiredo Alves, de Barra do Piraí.