Pedro Mello

 (na foto, Pedro Mello, entre Campos Sales e José Ouverney. Está "tudo em casa"!)

PEDRO MELLO nasceu em Santo André, SP, em 11 de abril de 1977. Seu contato com a poesia deu-se assim que aprendeu a ler: seu pai possuia uma coleção antiga de livros de Português, de um autor chamado Alpheu Tersariol. Lendo-os, aprendeu a amar a literatura e, ainda adolescente, começou a ensaiar seus primeiros versos.  Em 1997 conheceu a Casa do Poeta "Lampião de Gás" e a União Brasileira de Trovadores, em São Paulo, sendo esta última uma entidade poética que se dedica ao cultivo da Trova.  Na UBT aprendeu a metrificar e a compor Trovas e Sonetos, através do carinho das poetisas Adélia Ferreira, Divenei Boseli, Giva da Rocha e Analice Feitoza de Lima, principalmente.  Graduou-se em Letras no ano 2000 mas começou a lecionar em 1996.  Poetas preferidos:  Bilac, Mário Quintana, Vinicius, Fernando Pessoa, Guilherme de Almeida, José Régio e Florbela Espanca.  Seu email:  prof.pedromelo@gmail.com

    
 

Tornou-se "Magnífico Trovador" em Nova Friburgo em 2010, com as três trovas abaixo:
 

 

Se a Vida, em seus embaraços,
faz minha vida ser triste,                                 (1º lugar, em Nova Friburgo em 2010)
busco prazer em teus braços...
...e esqueço que a Vida existe...!

Passa o tempo... e, enquanto corre,                            (6º lugar Friburgo 2009)
a lembrança vai sumindo...
Mas a saudade não morre:
- Apenas fica dormindo...

Esta saudade tão rude
que faz minha alma deserta
vem desde o tempo em que eu pude                        (10º lugar Friburgo 2008)
mas não fiz a escolha certa!

                  OUTRAS

CONCURSO ENTRE "MAGNÍFICOS TROVADORES"

VENCEDORES – CONJUNTOS – TEMA: VIGÍLIA - 2013 (LÍRICAS/FILOSÓFICAS)

1º lugar: PEDRO MELLO (São Paulo/SP)

Em vigília a vida inteira,
me trazendo lenitivo,
a Ilusão é uma enfermeira
que mantém meu sonho vivo...

“Eu volto...” Mas acontece
que não voltas... e, cansada,
minha vigília adormece
no colo da madrugada...

Altas horas... a alma inquieta...
e, revirando o que sente,
a vigília do poeta
acorda um verso indolente...

Quero, mas não fujo dela...
que em tudo se faz presente:
— A Saudade é sentinela
em vigília permanente...

Importando-se comigo
em qualquer ocasião,
Deus é o meu melhor Amigo...
e sempre está de plantão...!

................................................................
Ainda que sejas minha
só nos lençóis do meu sonho,   (2º lugar Concurso dos Magníficos - 2011, Nova Friburgo)
tu moras em cada linha
das páginas que componho!...

Meus dias hoje não têm                           (Venc. Conc. Paralelo Friburgo 2011)

a luz outrora sentida,
devido à ausência de quem
era a Luz de minha vida!

Quis conquistar teu carinho,
mas tu não quiseste o meu.                                 (Nova Friburgo – ME – 2008)
- Escolheste outro caminho...
e a Solidão me escolheu...

Passas por mim todo dia...
Impassível... sem calor...                                 (Pindamonhangaba – MH – 2008)
- Dói tanto a tua apatia,
que eu preferia o rancor...

Percorrendo triste rota,
sem quem amou é que sente:                             (Saquarema – MH – 2008)
- A Saudade é uma gaivota
planando dentro da gente...

Na rua do devaneio,
teu desamor, eu suponho,                                          (Fortaleza 2006)
foi a carreta sem freio
que atropelou o meu sonho...

Quando a Ilusão me conclama
a esperar por quem não vem,                                  (Niterói – MH – 2000)
eu deliro... e em minha cama
beijo o lençol sem ninguém...

Partiste, mas por maldade
a tua luz não tem fim:
- Brilha o luar da Saudade                            (Pouso Alegre – Venc. – 2007)
no céu que há dentro de mim...

Tanto a paixão nos deslumbra
e o seu ardor nos seduz,
que, em nosso quarto, a penumbra                         (Niterói – ME – 2007)
é pontilhada de luz...

O sofrimento que é visto
no semblante de um menor                                  (5º lugar Petrópolis 2001)
nos faz olhar para CRISTO,
pedindo um mundo melhor.

Lendo em teus olhos. querida.                                 (Bandeirantes 1999)
a distância entre nós dois.
eu prefiro a despedida
por ter medo de um '"depois'"

Como um triste passageiro,                                       (Vencedora em BH 2000)
descobri, só na partida,
que a saudade é o timoneiro
da Caravela da Vida...

O mundo beligerante                                              (Petrópolis - 2001)
deixará de fazer guerra,
quando Cristo, triunfante,
trouxer a Paz sobre a Terra!

O sofrimento que é visto
no semblante de um menor                               (5º lugar Petrópolis - 2001)
nos faz olhar para CRISTO,
pedindo um mundo melhor.

Chega dezembro… e as pessoas
camuflam seu próprio mal…
Quem dera que fossem boas
não apenas no Natal…

Plantei meus olhos em ti,                               (concurso da UBT SP - 1998)
mas eu, pobre semeador,
por prêmio só consegui
tornar-me cego de amor!

De que vale o estardalhaço
de quem grita que é cristão,
quando a Bíblia, sob o braço,
não está no coração.

Há almas cheias de fel,
cujo rancor as emperra:
- Almejam vida do Céu
sem merecer nem a terra...!
 
Tento esconder como estou,
mas Saudade não tem jeito:
- Tua ausência faz um gol
e rasga a rede em meu peito...! 

A Vida me pôs grilhões...
Sem lidar com seus entraves,
eu quis derrubar portões...
- Bastava trocar as chaves.

Quanto equívoco...! (Hoje sei...)
Burrada atrás de burrada...
Quantas portas eu tentei
abrir com a chave errada...

Esperança, o teu sorrir
tem gotas de mel e enfado...
- Tu não devias mentir
de modo tão descarado!

Minha luta é desigual,
que a Vida (sim, ela mesma!)
sempre insiste em jogar sal
​​​​​​​no meu destino de lesma...

Quantos acham (que ironia!),
em sua mente mesquinha,
que são águias... todavia
seus voos... são de galinha...

Cidade de gente forte,
os corações tu conquistas...
Pinda, "Princesa do Norte"
e de todos os paulistas!

 

        TROVAS DE BOM HUMOR:

Fraquinho e cheio de dor,               (2º lugar em Nova Friburgo - 2012)
ele diz que idade é “dose”:
Quem já foi um “pegador”
hoje só pega...virose...

Fez a macumba... no entanto,            (M. Honrosa em Nova Friburgo - 2010)
desesperou-se e sofreu...
- Em vez de “baixar” o santo,
a caxumba é que desceu...

Faz regime...e, por fazê-lo,                (M. Especial em Nova Friburgo - 2010)
se desespera a coitada,
pois sempre tem pesadelo
com rodízios...de salada!...

O botox em profusão                                     (M. Especial Friburgo 2009)
na cinquentona foi erro,
porque causou a impressão
de sorrir durante o enterro...

No casório, bebeu todas...
Ficou de fogo o Mané.
E em vez de curtir as bodas,                               (São Paulo – Venc. – 2007)
curtiu a lua... de mé...

“Quero um homem!” – diz, “acesa”,
a um gatão dentro do trem...                            (Nova Friburgo – Venc. – 2003)
E, para sua surpresa,
ele responde: “Eu também...”

Morre a sogra... e o genro, “terno”,
fala com certo cinismo:
“Talvez o calor do inferno                                 (Nova Friburgo – MH – 2000)
seja bom pra reumatismo...”

Pro inferno a sogra desceu
e apavorou a platéia:
O demo até se benzeu                                     (Bandeirantes – MH – 2000)
ao ver a cara da “véia”...

“Papai Noel, não se choque!”
(Diz a tia sem recato...)
“Neste Natal, me coloque                                     (Peruíbe – ME – 1999)
um “Ricardão” no sapato...

Pica a sogra com vontade
o genro predestinado,
pois está na identidade:
​​​​​​​se chama "DÉCIO MACHADO"!