ISTO É CULTURA! (VI)

http://www.falandodetrova.com.br/colunadethalmatavares

ISTO É CULTURA!
(VI)

Por  Thalma Tavares

QUESTÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA & CURIOSIDADES

História e Estória

O amigo leitor que tem a sadia e providencial curiosidade pelas coisas do idioma, já deve saber a diferença entre estes dois termos.  No entanto, há muita gente ainda contando estória como sendo história e vice-versa.  É preciso distinguir um termo do outro:

Estória é narrativa inventada, é ficção, é lenda, é fábula, é invencionice, é lorota, é conversa fiada, é conto infantil.    Quando éramos crianças ouvíamos, encantados, estórias que nossos avós inventavam, ou que repetiam de outros autores, para nos entreter. Nas delegacias de polícia e nos tribunais, delegados e juízes ouvem, nas audiências, estórias que os marginais inventam para encobrir as verdadeiras histórias de seus delitos.

História é acontecimento real, é fato verídico comprovado, é narrativa documentada. Assim, quando nos referimos a um fato pretérito, comprovado, estamos evocando uma história. Quando se trata de um conjunto de fatos nacionais e internacionais, estamos falando da História de um país ou da História Universal que nas escolas são Disciplinas, são matérias de estudo.

Há muitos "cultores da Língua" que não admitem o emprego de estória.  Pesquisadores, lexicógrafos, folcloristas e outros estudiosos do nosso idioma, dão sustentação à palavra, justificam o seu uso. Os ingleses, por exemplo, usam as duas formas;  story (estória)  e history (história).

As histórias acontecem de verdade.  As estórias são inventadas. Portanto, quando tiver a certeza de que a narrativa é real, que aconteceu de fato, diga que ela é uma história.

CURIOSIDADES:

A Grandeza da Terra

Você já parou alguma vez para pensar sobre o tamanho do nosso Planeta?  Quando dizemos tamanho, estamos nos referindo às grandezas que podemos mensurar.  Estamos falando da imensidão da Terra medida em relação a nós; seus habitantes. Segundo a Enciclopédia Novo Conhecer, da Editora Abril, se pudéssemos partir a Terra em pedaços e colocá-los num trem de carga, e esse trem passasse por nós à velocidade de um vagão por segundo, seriam precisos dez trilhões de anos para que  ele  passasse por inteiro. Seria esse trem tão comprido que um sinal de rádio emitido no primeiro vagão só chegaria ao último depois de 50 mil anos!  Não é por acaso que a superfície do globo terrestre mede mais de 510 milhões de quilômetros quadrados.  Espantoso, não?

Acreditem e tomem nota, porque isto é cultura!

A Trova de hoje:

  A Trova é e sempre será um desafio. Não basta alinhavar quatro versos setissílabos, e ter a métrica e as rimas corretas para se ter feito uma boa trova. É preciso que ela tenha algumas qualidades que a consagrem como tal. Os trovadores que se destacam hoje como grandes trovadores, muitos dos quais classificaram-se em Nova Friburgo como Magníficos, são os que, além da obediência às regras do verso, imprimem às suas trovas algo novo, onde a criatividade e o inusitado transparecem surpreendendo, criando aquilo que, no trovismo, conhecemos como o “Achado na Trova”. Ótimo exemplo é esta trova do tema “Refúgio”, do Magnífico Trovador José Ouverney:

  “Baú velho, tampo torto,
  cartas e fotos mofando...
  - Refúgio de um sonho morto
 que eu vivo ressuscitando...”

  Acreditem e tomem nota porque isto é cultura!