XXXII Concurso de Trovas da ATRN - Natal/RN - 2012

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XXXII CONCURSO DA ACADEMIA DE TROVAS DO RIO GRANDE DO NORTE 2012.

                                                                                                             PALAVRA DO PRESIDENTE

Nossa instituição completa este ano 47 anos de existência. Antes dela havia em Natal a chamada ACADEMIA DIOCÉSIA. Era uma entidade de fato, porque jamais teve estatuto ou regulamento escrito. Seus membros, poetas e boêmios da cidade, se reuniam no Café Majestic, pertencente ao poeta, teatrólogo e empresário Ezequiel Wanderley, na década de vinte
“O jovem Cascudinho, Luis da Câmara Cascudo [1898-1986] freqüentava regularmente o Magestic, ainda muito antes da publicação de Joio [1924], seu primeiro livro, continuou a freqüenta-lo até o seu fechamento. Lá, recebeu Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Mauricio Lacerda, Maria Eugenia Celso, Paschoal Carlos Magno e Plínio Salgado, devidamente batizados com a aguardente da casa.
 
Sede de famosa academia literária, a Diocésia, cujo presidente perpétuo era o poeta Jorge Fernandes [1887-1953], o Magestic tornou-se um endereço emblemático, atraindo para o seu “reservado”, além de Cascudo, Barôncio Guerra, Aurélio Flávio, Lucas Wanderley, Pedro Lagrecca, Valdomiro Moreira Dias, Theodorico Guilherme, Eurico Seabra, Francisco Pignataro, Renato e Jayme Wanderley, Carvalho Cruz, Aristóteles Costa, Luiz Maranhão, Renato Caldas, João de Amorim Guimarães – seu grande cronista --, Damasceno Bezerra, João Lira, Bartolomeu Fagundes, Estevão Antunes, Henrique Castriciano, entre outros.”

Em 1965, com a participação de boa parte dos boêmios, poetas e intelectuais da DIOCÉSIA, foi criado o CLUBE DOS TROVADORES POTIGUARES, já com organização jurídica regular. Este, em 1967, transformou-se em ACADEMIA DE TROVAS DO RIO GRANDE DO NORTE.
Desde sua criação que a ATRN realiza concursos anuais de trovas, com poucos intervalos, visto que neste ano de 2012 levou a efeito o XXXII. O seu jornal O TROVADOR também sobrevive desde os primórdios da entidade.

Em 2011 a festividade de premiação foi dividida entre a cidade de Natal e a de Parnamirim. Este ano, todavia, os dois dias do evento serão desenvolvidos somente entre a praia de Pirangi do Norte e a cidade de Parnamirim, em agradecimento  e atenção à FUNDAÇÃO PARNAMIRIM DE CULTURA,  à PARÓQUIA DE N.S.DE FÁTIMA e à novel Academia de Letras de Parnamim, pelo seu inteiro apoio a nossa festa cultural, que, desta vez, receberá 34 representantes da trova de 7 Estados brasileiros, além do nosso, mais 2 trovadores argentinos.

Nossa sincera gratidão a todas as pessoas que, direta ou indiretamente, estão garantindo a continuidade e crescimento dos trabalhos de nossa Academia. José Lucas de Barros, Presidente.

                                                                                                                               OS FESTEJOS DA TROVA

O poeta José Lucas de Barros, eterno presidente da Academia de Travadores do Rio G. do Norte e responsável por outras tantas associações poéticas do Estado, é o mais completo militante no cultivo da poesia popular nas terras de Poti. E é exatamente esse notável trovador, de muitas primaveras e amanheceres líricos, que, com o apoio da Fundação de Cultura de Parnamirim, da Academia de Letras de Parnamirim e de outros, também, notáveis travadores, decidiu semear poesia em Parnamirim, através da Festa de Premiação 2012, que na verdade é um grande evento de trovas, evento cujo objetivo maior é a comunhão entre poetas e propaga o prazer pela trova, possibilitando aos apaixonados o acesso aos excepcionais versos e autores de todo o Brasil, bem como o gosto pela declamação de trovas.
 
A Academia de Letras de Parnamirim sente-se honrada em poder participar do grandioso evento. Sem medo de errar, será o primeiro e mais importante evento cultural da poesia no município berço da vitória, que deverá fermentar, por dois dias, todas as rimas recitadas nos corredores do Centro Pastoral, espaço gentilmente cedido pelo Padre Murilo, também discípulo das trovas, bem como nos arrabaldes da Praia de Pirangi, aqui atraídos pela beleza poética consignada pela natureza.
 
Sempre é muito bom caminhar pelas veredas das trovas. Porém, a Academia de Letras de Parnamirim recomenda não confundir trova com qualquer quadra, para não cair num abismo. Uma quadra para ser trova precisa atender as exigências de ter sentido constante, completo, independente e – principalmente - ser proprietária, com o registro do rigor, da métrica e da rima. Este escriba gosta muito do que falou Jorge Amado sobre a trova: "Não pode haver criação literária mais popular e que mais fale diretamente ao coração do povo do que a Trova. É através dela que o povo toma contato com a poesia e por isto mesmo a Trova e o Trovador são imortais".
 
Além da semente cultural plantada, a Festa de Premiação 2012 é uma grande possibilidade dos degustadores de poesia tomar contato com os melhores trovadores do Brasil, transformando Parnamirim num grande trampolim de trovas, alicerçado e petrificado pelos versos dos melhores imortais. Em razão desse grande festejo, a Academia de Letras de Parnamirim faz essa merecida saudação ao grande poeta José Lucas de Barros.
 
Janduhi Medeiros
 Presidente da Academia de Letras de Parnamirim

  
XXXII CONCURSO DA ACADEMIA DE TROVAS DO RIO GRANDE DO NORTE 2012.

CLASSIFICAÇÃO EM ORDEM DO XXXII CONCURSO  ATRN 2012

RESULTADO CONCURSO NACIONAL DA ATRN 2012 – TEMA SOM :

1º lugar:
No momento dos conflitos,
guarda a fé que te enobrece...
Deus, que é Pai, ouve os aflitos
no som contrito da prece...
(José Valdez C. Moura - Pindamonhangaba/SP)

2º lugar:
A saudade vem e liga
o velho rádio do peito
e ao som de uma valsa antiga
chora o meu sonho desfeito...
(Ercy Maria Marques de Faria - Bauru/SP)

3º lugar:
Em meu rancho, em solidão,
o vento sopra à vontade,
traduzindo ao coração
o som da minha saudade.
(Adilson Maia/Niterói/RJ)

4º lugar:
Na velha ermida, onde o santo
jaz, em ruínas, no altar,
o vento tem som de pranto,
gemendo, em vez de soprar...
(Darly O. Barros/SP)

5º lugar:
Se o som dos jovens feria
nossos ouvidos de pais,
hoje, na casa vazia,
o do silêncio dói mais!!!
(Ercy Maria Marques de Faria/Bauru/SP)

6º lugar:
Em vigília, à tua espera,
eu esqueço os meus cansaços
e o coração acelera
ouvindo o som dos teus passos!
(Therezinha Dieguez Brisolla/SP)
7º lugar:
Batendo contra os rochedos,
o som do mar abafava
as mentiras e os segredos
que, na praia, eu te contava...
(Renato Alves/RJ)

8º lugar:
Feito divinos arranjos,
teu sussurro, aos meus ouvidos,
tem o som de um coral de anjos
embalando meus sentidos.
(Almerinda F. Liporage/RJ)

9º lugar:
O estilingue... a mira... o ataque...
o despencar do vazio...
o peito sangrando... o baque...
e o som pungente de um pio...
(Darly O. Barros/SP)

10º lugar:
Eu te espero noite afora...
Plange o som de um carrilhão,
fatalmente, de hora em hora,
compassando a solidão...
(Wanda de Paula Mourthé/B.Horizonte/MG)

11º lulgar:
Menos triste, mais cantante
Seria o mundo, sem dor,
se ouvisse o som cativante
da doce palavra AMOR!
(J.B. Xavier/SP)

12º lugar:
Ouço o som da mata, densa,
repleto de grande encanto,
de Deus, eu sinto a presença
em cada voz, cada canto!
(Simão Elane Marques Rangel/RJ)

13º lugar:
Perco todos os cansaços
e minha angústia tem fim,
ao doce som dos teus passos
no cascalho do jardim...
(Domitilla Borges Beltrame/SP)
14º lugar:
Era doce melodia
como por anjos cantada
quando o som eu percebia
dos teus passos pela escada.
(Antônio Claret Marques/Guaxupé/MG)

15° lugar:
O som da caixinha aviva
a lembrança...e, com recato,
cai a lágrima furtiva
umedece o teu retrado.
(Therezinha Dieguez Brisolla/SP)

Comissão Julgadora:
Hélio Pedro Souza
Hélio Alexandre Souza
Marcos Antônio Medeiros
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CONCURSO NACIONAL
TEMA BARULHO
ATRN 2012 XXXII

1º lugar:
Discutia com o Ari,
mudo como ele, o Juvêncio;
foi assim que conheci
o barulho do silêncio...
(Sandro Pereira Rebel/Niterói/RJ)

2º lugar:
Flagrando a esposa e o banqueiro,
pensa bem e esquece o orgulho:
-Vou precisar de dinheiro...
e sai...sem fazer barulho!
(Therezinha Dieguez Brisolla/SP)

3º lugar:
O barulho era infernal:
trocavam-se tantos berros,
que a discussão, em Natal,
era ouvida em Pau dos Ferros!)
(José Ouverney - Pindamonhangaba/SP)

4º lugar:
Porque disse o comilão
Que comeu uma avezinha,
Deu barulho e confusão
Com o esposo da vizinha!
(Edmar Japiassú Maia/RJ)

5º lugar:
Disse a velha sem orgulho:
-no quarto, em horas de amor,
o velho que faz barulho
é só meu ventilador...
(Manoel Cavalcante de Souza Castro - Pau dos Ferros/RN)

6º lugar:
Minha esposa é perturbada...
diz o marido infiel;
tanto barulho por nada:
eu nem dormi no motel!
(Giva da Rocha/SP)
7º lugar:
Tristonho, o velho a chorar
vela a esposa, com carinho,
mas fez barulho, ao notar
a tristeza do vizinho!
(Elen de Novais Feliz/Niterói/RJ)

8º lugar:
Quando no armário espirrou,
deu mesmo um azar danado:
com o barulho acordou
o pobre esposo enganado.
(Sandro Pereira Rebel/Niterói/RJ)

9º lugar:
Muito gatão faz barulho,
no entanto não é de nada...
O pombo vai só no arrulho,
mas veja que filhotada!
A. de Assis - Maringá/PR)

10º lugar:
O barulho na cozinha
denunciou mais um duelo:
o gordo atrás da sardinha,
a esposa atrás do chinelo...
(Flávio Roberto Stefani - Porto Alegre/RS)

11º  lugar:
Vindo da cidade enorme
de barulhos e badalos,
diz que na roça não dorme
devido ao canto dos galos!
(Arlindo Tadeu Hagen - Juiz de Fora/MG)

12º  lugar:
Afirmo com certo orgulho
que, na maior desavença,
não temo qualquer barulho,
pois sou surdo de nascença!
(Francisco José Pessoa - Fortaleza/CE)

13º lugar:
De noite, na volta ao lar,
Zé, não querendo surpresa,
faz barulho pra avisar:
-Sou seu marido, Teresa!
(Therezinhaj Tavares - Nova Friburgo/RJ)
14º lugar:
Quando no sono mergulho,
quem dorme ao lado... se “ferra”:
-Porque eu faço mais barulho
Do que um trem subindo a serra!!!
(Maria Madalena Ferreira/Magé/RJ)

15º lugar:
Em um casório animado
no “SIM” um grito: Não pode!
deu um barulho danado
e para o noivo deu “bode”!
(Therezinha Tavares - Nova Friburgo/RJ)

Comissão Julgadora:
Francisco Garcia de Araújo,
Marcos Antônio Medeiros
José Lucas de Barros.

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TEMA ILHA CLASSIFICAÇÃO

 “SÓCIOS CORRESPONDENTES”

1º Lugar
Nossas vidas desligadas
por intrigas sem razão
lembram ilhas separadas
pelo mar da incompreensão!
Arlindo Tadeu Hagen/MG

2º Lugar
Minha alma se enleva ao vê-las
em seu fulgor que seduz:
piscapiscando, as estrelas
parecem ilhas de luz...
Wanda de Paula Mourthé/MG

3º Lugar
Se nela a paz predomina
e o povo vive contente,
uma ilha pequenina
vale mais que um continente!
Arlindo Tadeu Hagen/MG

4º Lugar
Eu, sem amor, não sou nada...
caminho só...vou tristonho...
Sou ilha desabitada
à espera de um novo sonho!
Therezinha Brisolla/SP

5º Lugar
Nesta terra outrora linda,
que aos pouquinhos se desfaz,
o lar é a ilha onde ainda,
às vezes, se encontra a paz.
A. A. de Assis/PR

6º Lugar
Às pescarias incertas,
num mar revolto e voraz,
prefiro as ilhas desertas,
onde eu planto e colho em paz!!!
Maria Madalena Ferreira/RJ

7º Lugar
Foi por ter seguido a trilha
enganosa da ilusão
que hoje eu vivo numa ilha,
entre o mar e a solidão!...
Maria Madalena Ferreira/RJ
8º Lugar
Não quero ser uma ilha,
distante da realidade...
-Quem se isola não partilha
a história da humanidade.
A. A. de Assis/PR

9º Lugar
Eu fui náufrago da sorte
na ilha da solidão,
mas teu amor foi suporte
e tábua de salvação.
Wanda de Paula Mourthé/MG

10º Lugar
Na ilha dos meus desejos,
mata verde, areias lindas,
há um canteiro de beijos
e mil carícias infindas!
Gislaine Canalles - Balneário Camboriú/SC

11º Lugar
Na Ilha da Fantasia,
joguei meus sonhos diversos
e, em bonita pescaria,
pesquei cardumes de versos!
Delcy Canalles - Porto Alegre/RS

12º Lugar
Bem no centro do oceano
a ilha suspira ao sol,
vivendo, em seu cotidiano,
as belezas do arrebol!
Gislaine Canalles/SC

13º Lugar
Se é para o alento da alma,
o pranto deixa no olhar,
frescor de uma ilha calma
que não se rendeu ao mar.
Wandira Fagundes Queiróz - Curitiba/PR

14º Lugar
Fiz estranha pescaria
na ilha dos meus Desejos,
pois com anzóis de poesia
pesquei milhares de beijos!
Delcy Canalles/RS
15º Lugar
Deus, em sua maravilha,
foi capaz de harmonizar
a quietude de uma ilha
com a turbulência do mar.
Wandira Fagundes Queiróz/PR

COMISSÃO JULGADORA:
Antonio Colavite/SP
Darly O. Barros/SP
Newton Vieira/
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ESTADUAL – TEMA MELODIA

1º LUGAR
Viro a chave...E a nostalgia
da solidão que me corta
é impressa na melodia
do lento ranger da porta...
(Manoel Cavalcante de Souza Castro)

2º LUGAR
Soa à melodia pura,
do bico da passarada:
- Orquestra sem partitura
que deixa a mata encantada...
(Paulo Roberto da Silva)

3º LUGAR
Tua voz, terna e macia,
sob o calor dos lençóis,
tinha a doce melodia
de um canto de rouxinóis.
 (José Lucas de Barros)

4º LUGAR
Defronte o silente monte,
só se escuta a melodia
do rumorejar da fonte
na mais completa harmonia.
(Hélio Pedro Souza)

5º LUGAR
A melodia plangente
do nosso idílio de amor
traz o passado ao presente
seja o motivo qual for!...
(Ademar Macedo)

6º LUGAR
Minha alma canta um amor
que passou, e ainda me invade,
- melodia com ardor...
dos acordes da saudade.
(Paulo Roberto da Silva)

7º LUGAR
A harmonia estrutural,
que dá a melodia ao verso,
com seu toque magistral,
rege as trovas do universo !
 (Fabiano de Castro Magalhães Wanderley)

8º LULGAR
É perfeita a melodia
que a nada mais se assemelha,
ouvirmos em noite fria
o som da chuva na telha.
(Hélio Pedro Souza)

9º LUGAR
Do sino, ouvindo a amargura,
da tarde que já morria,
fiz da triste partitura
a mais feliz melodia !
 (Francisco Garcia de Araujo-Prof. Garcia)

10º LUGAR
A trova tem melodia
e tem música também,
é uma fonte de energia
que me inspira e me faz bem.
(Ivaniso Galhardo)

11º LUGAR
Sinto perfeita a harmonia
da canção que me fascina
seus tons têm a sinfonia
da melodia divina.
(Antônio Rodrigues Neto)

12º LUGAR
Além de ter melodia
e ter cadência também,
a trova é no dia a dia
um lazer que me faz bem.
 (Ivaniso Galhardo)
13º LUGAR
A mais doce melodia
que chega aos ouvidos meus
é a que tem na sinfonia
dos passarinhos de Deus !
(Ademar Macedo)

14º LUGAR
O homem, sem distinção,
é imperfeita melodia.
Em tudo quer perfeição,
mas perfeição...só Deus cria !
(Israel Maria dos Santos Segundo)

15º LUGAR
No céu contemplo uma estrela,
da noite tem melodia.
Que emoção! Como contê-la ?
No toque da Ave-Maria.
 (Severino Campêlo)
COMISSÃO JULGADORA
Edna Gallo
Maria Nelsi Sales Dias
Antônio Colavite Filho
Todos da UBT de SANTOS/SP.
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PARA SÓCIOS EFETIVOS - TEMA LAGO:

 1º lugar:
Há tempo sem teus afagos,
deixa-me lavar as dores
nos dois pequeninos lagos
de teus olhos sedutores!
(José Lucas de Barros)

2º lugar:
Minha mão, riscando o lago,
enquanto a noite flutua,
procura, num triste afago,
o inútil toque da sua...!
(Mara Melinni Araújo. Garcia)
3º lugar:
Meu lago tem claras águas,
onde a ninfa, bela e nua,
ao banhar-se lava as mágoas
nas calmas noites de lua.
(Ubitatan Queiroz de Oliveira)

4º lugar:
Quando a inspiração me guia,
um verso eu vou formulando.
No meu lago de poesia
tem sempre um cisne nadando!
(Ademar Macedo)

5º lugar:
Distante dos teus afagos,
nesta inquieta nostalgia,
meus olhos formam dois lagos
que me afogam todo dia!
(Francisco Garcia de Araújo)

6º lugar:
Joguei moedas no lago...,
mas meu desejo afundou
com as esmolas de afago
que você me renegou.
(Manoel Cavalcante de Souza Castro)

7º lugar:
No outono triste da idade,
meu lago de solidão
transborda só de saudade
dos meus dias que se vão!
(Francisco Garcia de Araújo)

 8º lugar:
Na paz de um lago deserto,
longe da luz da cidade,
foi quando estive mais perto
da luz da felicidade
(José Lucas de Barros)

9º lugar:
Água que chora na fonte,
sentindo ausência de afago,
se encoraja, desce o monte,
busca o carinho do lago.
(Hélio Pedro Souza)
10º lugar:
Vivendo sem teu afago,
teu amor e o teu encanto,
o meu pranto forma um lago
de dores, por todo canto...
(Ademar Macedo

11º lugar:
No lago seco onde o sol,
racha o chão e se esparrama,
o pobre de um rouxinol
bica fiapos de lama...
(Manoel Cavalcante de Souza Castro)

12º lugar:
Só por falta de um afago
da mulher que eu mais queria,
eu formei meu próprio lago
de gota em gota eu diria.
(Ivaniso Galhardo)

13º lugar:
Naquele sagrado lago
de pura e divina essência,
Deus jogou-me com afago
nas mãos da santa existência.
(Antônio Rodrigues Neto)

14º lugar?
O vento passa e balança
as águas mansas do lago,
onde a natureza lança
sorridente o seu afago.
 (Severino Campelo)

15º lugar:
Quando em suas águas me vi,
dei-me conta, estava vivo;
em seu lago descobri
a paz como lenitivo.
(Hélio Pedro Souza)

Comissão Julgadora:
Lisete Johnson
Alba Christina Campos Neto
 e Geraldo Nogueira